«O problema com a minha antiga igreja foi…»

Esta é uma frase que se ouve muito dentro das Igrejas. Em Jerusalém, no primeiro século, se alguém não gostasse da música, do pastor ou do modelo de penteado que a irmã “Mariazinha” usava, tinha que permanecer e lidar com essa situação. Para onde poderia ir essa pessoa se não existiam mais Igrejas na cidade?

O que pretendo dizer não está relacionado com pessoas que se encontram longe dos caminhos de Deus. Escrevo isto pensando em pessoas que afirmam que o conhecem bem.

Com este texto não estou a promover a ideia de que em cada cidade deve haver apenas uma Comunidade Evangélica. Aliás, penso que o mover do Espírito Santo está a abençoar um mover de multiplicação de Comunidades que ajudam a encher a nação com o evangelho do Reino.

Mas parece ter surgido um efeito colateral dos nossos esforços multiplicadores, gerando uma mentalidade de “consumidor” que importamos do centro comercial para o interior da igreja.

Quando surge uma nova Comunidade numa cidade que já tem inúmeras e diferentes Igrejas, surgem pessoas que se encontram “à procura de algo novo” por causa dos problemas e dificuldades que encontraram na sua anterior Igreja.

Elas dizem…

«NÓS JÁ NÃO NOS SENTÍAMOS PARTE DA IGREJA.»

Por vezes o problema é da Igreja, mas também muitas vezes, o problema é da própria pessoa.

«NÓS NÃO GOSTÁVAMOS DE ________.»

Há um sem número de palavras que poderiam preencher o espaço em branco. Por exemplo, a escola de crianças, o trabalho de jovens, os ofertórios, a adoração, a forma ou o método com faziam ou pediam isto, ou aquilo…

«NÓS NÃO CONSEGUÍAMOS CONVIVER COM ________ .»

Pastores… Diáconos… Irmãos… Seja quem for. A nossa incapacidade de conciliar relações magoadas ou rompidas com outros cristãos é lastimável e um mau testemunho. Quem se muda para outra Igreja nunca acaba por resolver o problema, apenas transfere esse espirito para a sua nova Igreja.

«NÓS NÃO ESTÁVAMOS A SER BEM ALIMENTADOS.»

Esta é talvez a desculpa preferida dos que trocam de Igreja. Na realidade, e se quisermos ser honestos, o que isto significa em português é: “Nós na verdade não gostávamos muito do pastor, de alguns irmãos, do louvor, do volume da música, de alguns temas de ensino.” Mas a coisa mais fácil, sem duvida, é culpar a liderança por não nos alimentar corretamente.

Mas para esta última desculpa, a primeira pergunta a fazer é se a pessoa tem sido um exemplo de cristão. Se tem sido, com o tempo que já leva de caminhar com Deus, surge a segunda pergunta: Quando é que a pessoa vai crescer o suficiente, para se alimentar a si mesma?

A grande questão é que se um líder recebe pessoas com este tipo de queixas, irá no futuro ter um problema sério. Estas mesmas pessoas irão “morde-lo” geralmente no espaço de um ano, ou até menos, da mesma forma que o fizeram com a sua antiga liderança.

Então quando estas pessoas vierem à sua Igreja com as  tais “desculpas”, tenha ousadia para lhes dizer:

«EU RECONHEÇO E ADMIRO A SUA ANTERIOR IGREJA E O SEU ANTIGO PASTOR!»

Esse pastor é um colega nosso no Reino de Deus e merece ser respeitado.

Diga-lhes também:

«SAIBA QUE PODERÁ TAMBÉM NÃO GOSTAR DE ALGUMAS COISAS DA NOSSA IGREJA.»

Se a pessoa se queixou de algo, na sua anterior Igreja, não pense que ela não descobrirá motivos para se queixar da nova Igreja. Na verdade, “reclamadores” não gostam de igrejas. Pelo menos não por mais de um ano ou dois. Quatro dos cinco primeiros livros da Bíblia falam intensamente a respeito da forma como Deus tratou queixosos e murmuradores.

«QUE TAL VOLTAR E RESOLVER AS QUESTÕES PENDENTES?»

Esta ideia é do próprio Jesus Cristo. No sermão da montanha Ele ensinou que devemos deixar a nossa oferta no altar e voltar atrás, para colocar em ordem tudo o que estiver desalinhado. A reconciliação é uma prioridade nos princípios de Deus. Não podemos simplesmente ignorá-lo e esperar que tudo se resolva por si mesmo.

Por ultimo, convém referenciar que há cristãos que sentem um chamado de Deus de mudarem de uma igreja local para outra igreja, por causa de um propósito divino, confirmado pelo Espírito e por autoridades espirituais. Esses não necessitam de usar “desculpas” para seguirem um outro rumo.

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